
Foto: Ateliê 15
Pe. Manoel Pedro Neto – Tesoureiro da Cáritas de Caicó
Jr 17,5-8; Sl 1,1=2,3.4.6; I Cor 15,12.16-20; Lc 6,17.20-26
Nosso Deus habita nos corações sinceros e retos, daí-nos viver de tal moto, que possais habitar entre nós. Para isto devemos perscrutar os sinais dos tempos o que implica descer de nossas montanhas teológicas, religiosas, exegéticas, culturais e determos em nossos planos, em nossas realidades. Nosso mundo marcado por pobres e ricos, famintos e saciados, uns chorando e outros rindo, isto que não corresponde ao Projeto de Deus. Esta realidade de nossa opção não pelo SER HUMANO, mas pelo LUCRO a todo custo, e as consequências são as multidões de excluídos e alguns poucos a viver no riso e corrupção. O planeta terra, nossa casa comum é o lugar de todos nós e hoje tem possibilidade de alimentar toda pessoa humana, contudo e segundo o Papa Francisco a partir do período industrial a concentração dos bens e riquezas caíram nas mãos de poucos favorecendo a pobreza e a fome dos trabalhadoras e trabalhadoras que no “seu nada” fazem tocar as riquezas os bens situados, lutam por dignidade, são os bem-aventurados, embora odiados, excluídos e insultados, mas come com o “suor do rosto”. À custa destes vive o grupinho dos iluminados, dos únicos capacitados, açambarcam todos os bens, a custa do suor de muitos. Estes atrapalham a dinâmica da natureza, soterram populações em lamas e, por cima, criam um mundo de violência, pois criam distância entre os cidadãos. Neste processo, todos sofrem, nem eles mesmos escapam, merecem, portanto, de todo e toda cidadão e cidadã a compaixão e o grito evangélico de conversão.
Neste fundo, vem ao nosso favor o Profeta Jeremias que diz: “maldito o homem que confia no homem e faz consistir sua força na carne humana, enquanto seu coração se afasta do Senhor” e também a Igreja de corinto foi convidada a opções novas e teve de escutar: “Se é para esta vida que pusemos a nossa esperança em Cristo, nós somos – de todos os homens – os mais dignos de compaixão”. Somos chamados a ultrapassar a realidade envolvente e entrar na dinâmica da ressurreição. Urge sair de nossas lamas e não se acomodar pelo lucro a todo custo, pois o referencial cristão é o homem “em pé”. Não é para esta realidade que chegamos ao século XXI, existem possibilidades novas e dinamizadores e com força cantemos: “Ë feliz quem a deus se confia!”.