REFLEXÃO DOMINICAL: VOLTA DO TEMPO COMUM

Pe. Manoel Pedro Neto – Tesoureiro da Cáritas de Caicó

Nós, cristãos católicos estamos retomando o Processo litúrgico deixado na Quarta-feira de cinzas. Pouco a pouco fomos introduzidos no Mistério da Morte e Ressurreição do Senhor que culminou com a solenidade de Pentecostes. Queremos dar novos passos no conhecimento de Jesus Cristo. Ele mesmo, nos faz a pergunta fundamental: “Quem diz o povo que EU SOU?” E vai mais longe: “E vós quem dizeis que EU SOU?” Segundo o evangelista Lucas aqui não temos curiosidade estatística, nem muito menos quer favorecer uma reflexão doutrinária, etc. Nasce de um encontro com o próprio Deus, é feita num clima de Oração. Jesus estava em oração, embevecido em Deus. O próprio Deus incitou tal pergunta. Quando ousamos fazer esta pergunta base em nos cotidiano?

As respostas são dadas. O povo responde a partir de suas categorias religiosas. Os discípulos nas pegadas de Pedro são convidados a não botar tal compreensão para frente. Será nossas repostas são inválidas? Não! Nossa compreensão de Deus e de tudo aquilo que fala do Absoluto são pequenas e diz muito de nosso substrato cultural. Nosso Deus não cabe em formulação de ninguém. O que pensamos de Deus, de sua presença entre nós, são sempre questionadoras de nosso existir. Conceitos dizem muito pouco, nosso testemunho deve falar alto de realidade que nos envolve radicalmente.

Para balbuciar a realidade do divino é questão de oblação, de purificação. Urge processo de encarnação. O Papa Francisco na Exortação Apostólica Pós-Sinodal: CHRISTUS VIVIT no número 213; “Qualquer projeto formativo, qualquer caminho de crescimento para os jovens, deve incluir certamente uma formação doutrinal e moral. É igualmente importante que esteja centrado em dois grandes eixos: um é o aprofundamento do KERIGMA, a experiência fundante do encontro com Deus através de Cristo morto e ressuscitado. O outro é o crescimento no amor fraterno, na vida comunitária, no serviço”. Este é o processo evangelizador e deve marcar a Diocese em seu caminhar sinodal. Precisamos revestirmo-nos de Cristo, entrando na descendência de Abraão com direito a sua herança.