OLHEMOS PARA O POVO BRASILEIRO MACHUCADO

OLHEMOS PARA O POVO BRASILEIRO MACHUCADO

Publicação:


 

Pe. Manoel Pedro Neto

Presidente da Cáritas Diocesana de Caicó

 

Para a Igreja abre-se novo tempo, tempo de expectativa, pois os desafios são inúmeros, mas as lutas nos qualificaram para o enfrentamento. Nossa esperança baseia-se na fé que estimula a luta. Olhemos com perspicácia a realidade mundial e não sejamos insensíveis as multidões de imigrantes e desemprego juvenil. Olhemos para o povo brasileiro machucado nas periferias de nossas cidades e vivendo as consequências da corrupção estruturada nas relações sociais, políticas e empresariais. Neste processo não escapa ninguém, nem instancias ditas fidedignas. Neste contexto grandes sinais têm aflorado e grandes líderes têm sido desfigurados. Homens de primeira instanciam têm “falado fino”. Os meios de comunicação têm feito grandes barulhos sobre tudo isso. Contudo não podemos negar as qualidades humanas, a corrupção reinante não nos leva a negar o ser humano, nem as qualidades intrínsecas do homem brasileiro. O ser humano é elemento norteador, pois é projeto divino e será real apesar de nossa situação de corrupção e corruptores, estas nascem da negação do transcendente, da visão do homem como descartável e do acumulo de bens, tudo isto em fragrante desrespeito a nossa casa comum. Aqui não cabe frustração, nem decepção, nem muito menos a insensibilidade, mas o levantar-se e erguer a cabeça, pois é momento de libertação. Somos desafiados a ficar atentos e na oração, pois só assim entraremos na dinâmica do novo que começa a dar sinais de vitalidade, teremos força para não ser engolido pela corrupção envolvente e encantadora de muitos concidadãos. Estes dias devem nos fazer resgatar nossa história de dignidade, de cidadania, de lutas democráticas e busca de direitos a vida digna. O povo brasileiro não pode esquecer as lutas por um país justo, concretizado a partir da fé e da vivência do amor. Que este tempo de ADVENTO, de perspectiva e de busca não esqueçamos o outro, nem a indiferença marque nossas relações. Neste processo cresçamos em relações de amorosidade, de respeito, pois foi o que aprendemos em nossas catequeses, liturgias, vivência eclesial, etc. Assim com muita ousadia digamos: “Senhor meu Deus, a vós elevo minha alma!” E fortemente afirmamos: ‘O Senhor é a nossa justiça’.

 
Foto: Ateliê 15

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