O INTERCÂMBIO NA MINHA VIDA E NA MINHA CAMINHADA NA CÁRITAS?

O INTERCÂMBIO NA MINHA VIDA E NA MINHA CAMINHADA NA CÁRITAS?

Publicação:

Débora Costa

(Secretária da Rede de Juventudes do Seridó)

 
Não poderia deixar de introduzir um pouco da minha vivência antes de iniciar minha escrita sobre as contribuições que o nacional me ofertou. Bem, venho como mais uma voluntária da Cáritas, porém como iniciante. A diocese em que atuo é do interior do Rio Grande do Norte (Caicó), e como tenho a atuação específica em um determinado grupo (Rede de Juventudes do Seridó) conhecia os outros trabalhos só por cima, porém, sempre soube que as atividades eram excepcionais e de suma importância para todos.
Quando cheguei à Salvador/BA ao mesmo tempo em que me senti maravilhada com tudo, me senti descolada. Nunca tinha participado em qualquer evento dessa magnitude, nem mesmo um regional, então, o receio de falar algo incoerente e não ter o conhecimento o suficiente para estar naquele lugar e com aquelas pessoas era enorme.
Assim que saímos do aeroporto me senti muito mais que acolhida, eu me senti como uma integrante de uma família, que ao menos eu sabia quem era os participantes, em recorrente disso eu me senti em casa. Óbvio que eu me senti no início uma “branquela” sem noção, mas em poucas horas eu vi que nenhuma diferença abalaria aquela família que conquistei em menos de 24 (vinte e quatro) horas, em uma cidade que eu não conhecia e com culturas algumas com suas peculiaridades. Conseguia perceber nos olhares e no coração de todos, os sentimentos de acolhimento, respeito, amor e tantos outros que não caberiam em um só relatório.
Posso afirmar que essa experiência me fez ser uma pessoa melhor, mais madura, mais respeitadora e com toda certeza mais provida de conhecimentos. Como fiquei em grupos das atividades que era constituída por pessoas de diferentes realidades, pude perceber que estava sendo até um pouco egoísta por esta me envolvendo em apenas um grupo e deixando um pouco de lado as outras realidades que são necessitadas de atenção também.
De forma um pouco extensa eu quis mostrar que a contribuição que todos me ofertaram foi mais do que qualquer um de vocês pode um dia imaginar. Além de ter um olhar mais atencioso com os outros projetos da Cáritas De Caicó, comecei que a ter um olhar um pouco mais maduro sobre tudo e posso até dizer que mais critico. A Cáritas passou a ser vista pelos meus olhos de uma forma diferente, e sempre sabendo que eu faço diferença, mesmo que eu ache que não.
O nacional contribuiu para mim de forma acadêmica, me fez deixar para o passado toda forma de preconceito que eu ainda carregava (mesmo que pouco), me fez redefinir minha conceituação sobre as palavras, AMOR e FAMÍLIA, me fez engrandecer mais ainda os de RESPEITO, HUMANIZAÇÃO, entre tantos outros. Emociona-me saber que pessoas de diferentes regiões podem se complementar tanto assim, da até um medo (risos). Foi uma coneção tão forte, que para digitalizar isso eu já chorei oceanos e se torna de certa forma até um pouco difícil, por que significar isso um simples texto de vivência se torna um pouco inviável para mim.
Não sei se consegui passar para você leitor um pouco das contribuições e vivencias que o nacional me proporcionou, mas quero que saiba que foi tudo escrito com toda sinceridade que possuo e com o amor que está em meu simples coração. Que minhas palavras te afetem e te proporcione um pouco do que por mim foi vivido.
Um abraço da baiana mais branca desse Brasil.
 

Foto: Igor Ferrer

Compartilhar:

Veja também

Notícias

Na última semana, a Caritas Diocesana de Caicó realizou mais uma importante ação de solidariedade voltada às …

Notícias

Representantes da Cáritas de Natal, Mossoró e Caicó foram recebidos nesta quinta-feira (05) pela governadora Fátima Bezerra, …

Notícias

Dom Jaime Vieira Rocha Arcebispo de Natal (RN)   Neste mês de julho, comemoramos Sant’Ana e São …