
Pe. Manoel Pedro Neto
Tesoureiro da Cáritas de Caicó
Gn 15,5-12.17-18; Sl 26; Fl 3,17-4,1; Lc 9,28b-36
Não mataremos nossas sedes com migalhas, nem poremos nossas seguranças em riquezas mal adquiridas e muito menos subiremos na vida deixando outros à margem. Quem nos impulsiona a viver assim é a Escritura. Nesta vivencia somos chamados a sair de nosso “mundinho” e vislumbrar as possibilidades reais em nossa história. Aproximemo-nos dos jovens falando de suas perspectivas, abeiremo-nos de um casal jovem falando de sua relação amorosa, vamos ouvir uma jovem mulher contando de sua primeira gestação, procuremos vislumbrar o que estava na cabeça dos pais que confiaram seus filhos menores ao Flamengo para os qualificar exímios jogadores, já que mostravam aptidões. Como é gracioso conversar com um jovem recém-formado! Façamos esta experiência! Subamos a esta montanha! E nossa realidade tomara novo acento, poderemos até “respirar” com mais ousadia e não cairemos em pessimismo, tão badalado em nosso contorno.
Ser envolvido neste processo nos encoraja a vislumbrar saídas de nossos marasmos sociais, histórico, etc. Nem tudo está perdido! É preciso sair de nossos fechamentos culturais. Urge sair de nossa Ur, de nossas compreensões simplistas e predeterminadas culturalmente. Vir para fora, para sentir as lutas de multidões que com a presença do Deus que nos qualificou como “filhos escolhidos” estão a enxotar todas as aves de rapina desejosas de nosso fim. Avizinhemo-nos das multidões de brasileiros, em especial jovens, transformando situações humilhantes em possibilidade dignificadora. Isto faremos com luta e empenho e sem revanche, mas optando por Políticas Públicas que concretizam a vivencia das OBRAS DE MISERICORDIA, estimulado pela Campanha da Fraternidade deste ano e confirma os rasgos de nossos Profetas, de ontem e de hoje, afirmando que a LIBERDADE nasce do compromisso com a JUSTIÇA e o DIREITO. Que todas as instâncias sociais, políticas, empresárias, etc. deste grande país optem claramente por saúde, educação, segurança, etc. como reza a Constituição e os demais organismos jurídicos e legislativos. Assim a Igreja será testemunha e cada brasileiro viverá CIDADANIA.