BRASIL DAS ELITES DE BONÉ E POLPUDOS SALÁRIOS

BRASIL DAS ELITES DE BONÉ E POLPUDOS SALÁRIOS

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Pe. Manoel Pedro Neto

Presidente da Cáritas Diocesana de Caicó

 

No terceiro ano do governo D. Trump no Império Americano, no último do Governo Temer no Brasil… quando o Papa Francisco e Pietro Parolin eram líderes católicos, uma voz grita nos desertos humanos. Multidões de africanos, latinos americanos fogem dos seus países eternamente marcados pala exploração do capital. O IBGE apresentou a situação do Brasil e o Jornal Nacional publicou: “a crise econômica de que o Brasil tenta se livrar há quatro anos. Em 2017, aumentou o número de cidadãos em situação de pobreza e de extrema pobreza”. Eu compreendo que a questão não é resultado do PT, nem do governo Lula/Dilma. Diz o JN “No Brasil, a pobreza expõe a concentração de riqueza. Os 10% mais ricos acumulam 43% do total de recursos. Na outra ponta, os 40% mais pobres detêm apenas 12% do total. Os pretos e os pardos são maioria nesse grupo”, diz o JN, neste quadro foi encontrada “a recicladora Sandra Marques cuida sozinha de quatro filhos com o que ganha na cooperativa de reciclagem. R$ 310”. “No Piauí, dona Francisca mora numa casa com mais quatro parentes. O sonho dela é tão simples: ter um banheiro”. Nesta situação “Sandra dá a receita para continuar vivendo. “Eu envergo, mas não quebro. Estou aqui firme e forte, Guerreiríssima”. Acrescente-se não preciso corromper, nem se deixar levar pela corrupção, mas viver com dignidade.

Aqui entra a VOZ daquele que grita no deserto: “preparai o caminho do Senhor, endireitai suas veredas. Todo vale será aterrado. Toda montanha e colina serão rebaixadas, as passagens tortuosas ficarão retas e os caminhos acidentados serão aplainados”. Por que no Brasil as elites tem boné e polpudos salários e “uma parcela de 15,2 milhões de pessoas vivendo abaixo da linha de pobreza? A renda é inferior a US$ 1,90 por dia. Em 2017, o equivalente a R$ 140 por mês”. É urgente equilibrar esta distorção! Isto é opção pela ideologia de esquerda ou exigência do Evangelho? Que este grito chegue aos “ouvidos de Deus”, já que os nossos vivem na INDIFERENÇA e abramos o coração a CONVERSÃO. Não cabe a indiferença, pois somos povo vindo de “grande tribulação”, chegamos a onde estamos por muitas lutas populares e sociais, releiamos o Profeta Baruc (Br 5,1-9). Urge cobrimos com o MANTO DA JUSTIÇA e rezemos com afinco para “que o vosso amor cresça sempre mais, em todo o conhecimento e experiência, para discernirdes o que é o melhor” (Fl 1,9). É hora de conversão, que não acontece com “cacete, nem bala, nem com figurões de moralidade, etc., mas com mudança de coração, de comunhão, de partilha, de solidariedade, etc. Neste processo cantaremos: “Maravilhas fez conosco o Senhor: exultemos de alegria!”.

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